Petiscos para pets: quando devo oferecer?

11 de maio de 2015 by

animal clinic 41 Basta pegar o pacote de bifinhos ou a latinha de petiscos que cães e gatos saem de onde estiverem e vem correndo ao nosso encontro. Esses petiscos são verdadeiros encantos para os animais. Mas será que estou dando de forma correta? Qual é o melhor momento de dar? Qual a melhor quantidade? Dar petisco faz mal? Tem como fazer petisco em casa?

São muitas perguntas que passam na cabeça em relação a esse assunto. Vamos esclarecer ponto a ponto.

Os petiscos, tanto os de gato quanto os de cachorro, tem cheiro e gosto acentuados exatamente para atrair o animal e fazer com que ele queira mais. A composição dessas delicias varia de marca para marca. O que há em comum em todas é o aumento de proteína, corante, sódio e flavorizantes (que dão sabor) em relação à ração. Por isso mesmo que há uma porção máxima a ser dada por dia, que pode variar de 2 a 10, dependendo do peso do animal.

Muitos adestradores ensinam os comandos básicos aos pets através de recompensa positiva, utilizando petisco. Esse método parte de um ramo da psicologia muito antigo (behaviorismo), que se baseia em estudos dos pesquisadores Ivan Pavlov e Burrhus Frederic Skinner. O objetivo do experimento de Pavlov foi mostrar a possibilidade de condicionar um comportamento em resposta a um estímulo. Resumindo o experimento… Ele canalizou a saliva de um cão e contava quanto o cão salivava ao receber a comida. Todas as vezes que ele ia oferecer a carne ao cão, ele tocava um sino. Após algum tempo, só de tocar o sino, o cão já salivava, pois sabia que iria ganhar a carne.

Outro estudo muito importante foi sobre reforço positivo. Toda vez que um ratinho acertava um desafio, ele recebia uma recompensa. Isso estimulava o ratinho a acertar o desafio mais vezes para ganhar aquela deliciosa recompensa. O termo reforço positivo não é por ser algo legal, mas por adicionar algo quando o comportamento é executado de forma correta.

Mas o que isso tem a ver com o adestramento?
Tudo! Quando você pede para o seu cão sentar, ele ganha um petisco. Assim, ele associa a palavra senta, com o movimento de sentar (comportamento operante). Ao ganhar algo muito gostoso, o petisco, aumentará a chance de acerto (reforço positivo). Você sabia que isso foi até motivo de piada em um seriado? Veja aqui
Mas qual o melhor momento de dar o petisco?

Algumas pessoas acabam dando o petisco em momentos errados e reforçam comportamentos indesejados. Para fazer um cão parar de latir, alguns dão ossinhos. Para fazer o cão parar de pedir comida, dão um bifinho. Para fazer o gato parar de miar, dão um petisco. Em todos esses casos, o comportamento inadequado está sendo recompensado e só irá aumentar.

Baseado em estudos, o melhor momento de dar o petisco é quando seu pet fizer algo legal. Com isso, aumenta a chance dele repetir o comportamento que você gosta ou quer. Quando ele fizer xixi no lugar certo. Quando estiver calminho, deitado na caminha. Quando sentar ou obedecer algum comando. Outro momento muito interessante para darmos o petisco ou recompensa é quando queremos estimular uma brincadeira. Podemos, por exemplo, colocar um petisco dentro de uma bolinha para que ele se interesse mais pelo brinquedo. Podemos, também, fazer brinquedos em casa e colocar petiscos dentro para que ele tente tirar e com isso entretê-lo.

Além dos petiscos, podemos recompensá-los de outras formas, como brinquedos, carinho, passeio, etc. A recompensa deve ser algo que ele goste muito.

Posso trocar os bifinhos por outra coisa?
O petisco não precisa ser aquele que você compra no pet shop. Pode ser algo que você tenha na geladeira. Um ótimo alimento que serve de petisco é cenoura crua. Além dos cães gostarem, ajuda na limpeza dos dentes, melhora pele e pelos e diminui a chance deles roerem coisas na sua casa. Pode dar um palito de cenoura ou aquelas cenourinhas que já vem prontas e lavadas. Outras opções são brócolis, maçã, pera, beterraba e pedaço de frango cozido só na água, sem osso.

Fonte: Vida-estilo.estadao.com.br – Por Luiza Cervenka de Assis, bióloga, com mestrado em psicobiologia (comportamento animal) e pós-graduação em jornalismo | Fotos: Divulgação.


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