Uma dúvida muito frequente entre donos de gatos é a quantidade ideal de alimento que se deve oferecer ao bichinho. Ter uma noção do tipo de alimento, da quantidade de atividade física, do tamanho e da idade já ajuda bastante. Mas há, ainda, fatores como a temperatura ambiente, que influenciam na quantidade de comida que deve ser consumida pelo gatinho.
Para resolver essa questão, a primeira coisa a se fazer é definir a qualidade da alimentação. Rações secas e úmidas e comida caseira devem ser balanceadas, e a quantidade diária de alimento depende desse equilíbrio.
Os gatos precisam de proteínas e não têm tanta necessidade de carboidratos excessivos que são encontrados nas rações secas. Juliana Maria Neves, médica veterinária, explica: “Dietas exclusivamente à base de rações secas oferecem uma quantidade de carboidratos muito grande e pouquíssima água, e os felinos não necessitam desse carboidrato todo. Já a dieta úmida é importantíssima, pois oferece uma grande quantidade de água e ajuda a manter a saúde do trato urinário“.
Calcular a quantidade correta de comida é fundamental, garantindo que haja um equilíbrio entre os nutrientes e seu gatinho continue saudável e sem sobrepeso.
Qual é o tipo de alimento que você dá ao seu gatinho?
Rações secas, úmidas e comida caseira devem ser balanceadas, mas não oferecidos na mesma quantidade. Nas rações há informação, baseada no peso, de quanto o bichano deve comer diariamente. Essa é uma informação fidedigna mas aproximada, pois não leva em conta a quantidade de exercício, idade ou raça do animal, apenas seu peso. No entanto, essa quantidade diz respeito a determinado tipo de alimento.
Quando o pet é alimentado com comida caseira, calcular a quantidade de cada componente é tão crucial quanto calcular a porção diária. Os gatos têm necessidades bastante específicas, precisam de uma grande quantidade de proteína e água. Ao fazer a comida caseira do seu bichinho, baseie-se no seguinte cálculo: entre 35 e 40% de proteína; 15% de fibras, vitaminas e minerais; 20% de carboidratos. Então, para 100 g de comida, 40 g devem ser de carne – seja ela peixe, frango ou carne vermelha -, 15 g de legumes – brócolis é uma ótima opção -, e 20 g de arroz, inhame, batata ou mandioquinha. É importante lembrar que devemos cozinhar esses ingredientes sem nenhum tempero. Alho e cebola fazem muito mal aos gatos. Para saber mais sobre quais erros não devemos cometer na alimentação dos gatos.
Depois de calculada a quantidade dos ingredientes, devemos calcular a porção diária de comida. Para isso, devemos levar em consideração uma série de fatores.
Qual é a quantidade diária correta para o meu gato?
Tamanho, idade, peso, raça e nível de atividade física são informações cruciais na hora de calcular a comida do gatinho.
Pense bem: um gato que pesa 8 kg, mas mede 50 cm de comprimento e fica o dia todo entretido com atividades, pulando pela casa, tem as mesmas necessidades diárias que um gatinho que pese a mesma coisa, mas meça 40 cm e passe o dia dormindo? Não! Por isso, não é bom confiar apenas nos rótulos indicativos de porções diárias.
É indispensável consultar um médico veterinário para assegurar que a quantidade de comida é a ideal. Ele saberá definir as necessidades diárias do seu pet. Mas é possível ter uma ideia da quantidade ideal consultando o rótulo do produto, no caso de alimentar seu gato com rações secas e úmidas. Se você optar pela comida caseira, a quantidade a ser oferecida é similar à da ração mas, por conter mais água em sua composição, deve ser um pouco maior. Veja na tabela, a quantidade indicada diariamente:
(Fonte: AgendaPet)
Nos dias frios, queima-se mais calorias simplesmente para manter a temperatura do corpo. Se você perceber que seu gatinho anda mais faminto, ofereça um pouco mais de alimento. Cerca de 10% da quantidade usual, que é equivalente à energia que ele gasta nos dias mais frios. Então, se seu gato consome 70 g, dê a ele 77 g de comida nos dias mais frios.
Como devo dividir a quantidade diária de comida?
Não é recomendado deixar a porção diária à disposição, e sim, dividi-la em refeições.
A especialista em felinos, Juliana Naves, explica: “Diferente do que as pessoas pensam, o gato não precisa ter alimentos constantemente nos potinhos, pois alguns animais podem se tornar obesos e compulsivos por comida. O correto é dar a quantidade diária em 3 a 4 porções ao dia. E a água, sim, sempre deve ser fresca e à vontade.”
Você pode dividir a quantidade diária em 3 ou 4 porções iguais ou pode perceber quais horas do dia seu gato é mais ativo e dividir a quantidade proporcionalmente. Por exemplo: se o gatinho é mais ativo durante o dia, dê 50% da porção pela manhã, 30% à tarde e 20% à noite. Isso fica a critério do dono. Alimentar seu gato da maneira correta, com o alimento certo e na quantidade ideal garante que ele fique saudável e forte.
Fonte: Bolsademulher.com | Foto: Divulgação.